Queremos desejar a todo o elenco e a todos os que ajudaram e continuarão contribuindo para o grande sucesso da versão brasileira de um dos mais renomados musicais de todos os tempos!!
Um beijo especial e muita sorte para Cleto Baccic , Saulo Vasconcelos , Kiara Sasso , Pati Amoroso, Carlos Arruza !!
Mama Mia!
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
sábado, 6 de novembro de 2010
Musicais e pça. Roosevelt discutem relação
A convite da Folha, Saulo Vasconcelos, de "Mamma Mia!", e Rodolfo García Vázquez, dos Satyros, veem espetáculos um do outro
Após a recusa de um expoente "alternativo" para o "confronto", ator de musicais convence o diretor dos Satyros
Cena do musical "Mamma Mia!", que estreia na próxima quinta, noTeatro Abril
De um lado, Saulo Vasconcelos, 36, espécie de Tarcísio Meira dos musicais de São Paulo, voz encorpada de um Fantasma da Ópera e sorriso de comerciais.
Do outro, Rodolfo García Vázquez, 48, rei do teatro marginal da praça Roosevelt, pé de chinelo que vive colocando atores nus no palco de seu Espaço dos Satyros em situações que ele insiste em vender como arte.
A convite da Folha, um foi apreciar o trabalho do outro. Não como adversários, mas como símbolos díspares de uma mesma expressão artística a que chamam por aí de teatro.
Reconciliar diferenças estéticas pode não ser fácil. A última esperança, então, recai sobre uma possível DR. A portentosa discussão de relacionamento que vem se adiando desde que a Broadway e os experimentais resolveram ganhar corpo numa cidade aberta a todo tipo de espetáculo.
Mário Bortolotto, o dramaturgo que tomou três tiros e não morreu, foi o primeiro a ser convidado para a experiência. "Não tenho vontade nenhuma de ver um musical. Se fosse um trampo, eu até suportaria, mas tenho mais o que fazer numa terça-feira à noite", respondeu ele à reportagem, por e-mail.
Mas os mauricinhos dos musicais não vão a nocaute: mesmo a par da recusa de Bortolotto em ver seu trabalho, Vasconcelos aceita fazer a visita ao reduto dos alternativos num sábado.
Num golpe de mestre, ele mesmo convida o diretor do grupo Os Satyros ao "duelo". Democrático, García Vázquez não soube dizer não.
"Queria trabalhar num espetáculo assim", diz ator
Uma semana antes de estrear, na próxima quinta, em "Mamma Mia!", peça com canções do Abba, Saulo Vasconcelos decidiu enfrentar o desafio. Escreveu à Folha a seguinte mensagem: "Hoje é meu único dia de descanso, mas acho importantíssima essa oportunidade, que pode vir a derrubar esse preconceito dos dois lados. Me diz onde, a que horas e o nome da peça".
Às 21h, no Espaço dos Satyros, ingressos de R$ 5 a R$ 40. O ator foi de camisa bem passada. Deu R$ 10 para um mendigo sem o braço esquerdo, que passou em frente ao teatro na praça Roosevelt. O pedinte desacreditou.
Na sala de 50 lugares, assistiu a "Roberto Zucco", produção que não chega a R$ 5.000 sobre um serial killer que matou os pais e saiu andando por Paris.
Vasconcelos gostou especialmente da forma como a encenação ocupa o espaço de 60 m2. As duas arquibancadas que formam a plateia se movimentam sobre rodas. Com o público sobre elas, as estruturas modulam diversas possibilidades espaciais.
"Queria muito trabalhar num espetáculo como esse", aplaudia o ator, ao fim da sessão. "O problema é que financeiramente não dá."
De fato, nenhum dos 20 atores é pago pelo trabalho. Há um ano, atuam em regime de saltimbanco. A companhia, diz o diretor Rodolfo García Vázquez, está no fundo do poço, depois de três anos sem vencer editais de fomento à produção teatral.Nos musicais da T4F, desses em que Vasconcelos atua, dificilmente um intérprete ganha menos de R$ 4.000 mensais.
Saulo ajeitou uma cadeira de plástico desparafusada e deixou a plateia com cuidado para não cair no vão entre as arquibancadas de madeira.
Fez questão de dar os parabéns a García Vázquez, dizendo: "Minha cabeça não para de pensar no que vi".
O que faz falta ao ator, diz, é participar mais efetivamente da criação da montagem. "Num musical, o trabalho de certa forma já vem pronto dos EUA. É possível fazer uma contribuição pessoal como intérprete, mas não existe esse workshop que se vê numa peça experimental."
Foi a primeira vez que Vasconcelos entrou no espaço que há dez anos deu início à ocupação teatral da praça Roosevelt. Antes, o local ambientava ponto de tráfico de drogas e prostituição. (GF)
RAIO-X SAULO VASCONCELOS
VIDA
Natural de Brasília, 36 anos, é formado em canto lírico
OBRA
Há doze anos se dedica a musicais. Atuou em várias óperas, entre elas "O Barbeiro de Sevilha", regida por Marconi Araújo. Protagonizou duas montagens de "O Fantasma da Ópera" e participou de espetáculos como "A Noviça Rebelde" e "Les Misérables"
OUTROS TRABALHOS
Lançou o CD "Pretty Words", com canções de musicais
RAIO-X RODOLFO GARCÍA VÁZQUEZ
VIDA
Paulistano, tem 48 anos e é formado em administração pela Fundação Getúlio Vargas. Em 1989, fundou Os Satyros com Ivam Cabral
OBRA
Como dramaturgo, escreveu "Kaspar ou a Triste História do Pequeno Rei do Infinito Arrancado de Sua Casca de Noz" e "Transex", entre outras
PRÊMIOS
Dirigiu "A Vida na Praça Roosevelt", pela qual recebeu um Shell, prêmio ao qual foi indicado outras três vezes como diretor
Diretor compara "Mamma Mia!" com filme da Xuxa
Rodolfo García Vázquez não vê glamour em ser convidado para a pré-estreia de um musical da Broadway em São Paulo.
Os aproximados 2 km do percurso de sua casa, que fica no baixo Augusta, até o teatro Abril, na Bela Vista, ele fez a pé. O diretor e dramaturgo chegou quase na hora do espetáculo, um pouco suado. A barra da calça jeans mal feita e carcomida na parte dos calcanhares.
Foi sua primeira investida no universo da Broadway paulistana. A peça é "Mamma Mia!", cuja versão original ele viu em Nova York.
García Vázquez estava especialmente ansioso para ouvir Abba em português. No primeiro ato da peça, gargalhou com a tradução dos versos "You can dance/ you can jive", de "Dancing Queen": "Vem dançar/ a valer/ hoje a rainha é você".
Ao ver a interpretação da canção "Chiquitita", fez sua primeira observação. "É bem mais engraçado do que a americana. Está diferente."
As montagens da produtora TF4, importadas em sistema de franchising, costumam ser fiéis ao original. Pela primeira vez, os intérpretes brasileiros parecem mais soltos. O cenário, no entanto, permanece igual.
Rodolfo considerou o primeiro ato divertido. Mas, no intervalo, fez críticas. "Essa produção deve ser absurdamente cara. Não entendo como é permitido montar um espetáculo desses, que visa ao lucro já na concepção, com dinheiro de dedução fiscal [via Lei Rouanet]."
A produção de "Mamma Mia!" não revela o valor investido no espetáculo. Mas, pelo site do Ministério da Cultura (MinC), é possível ver que a T4F solicitou captação de R$ 16,9 milhões com o benefício da Lei Rouanet -pela qual empresas podem destinar à produção cultural parcela do Imposto de Renda devido. O MinC aprovou captação de R$ 13,39 milhões.
Os ingressos custam entre R$ 80 e R$ 230.
Durante o segundo ato, o diretor pareceu cansado. Bocejou várias vezes, mexeu-se na poltrona, incomodado. Passou a rir mais do comportamento do público do que do próprio espetáculo.
García Vázquez chegou a se divertir com a plateia dançando de pé, ao som dos números que encerram a peça, enfim cantados em inglês.
Saiu de lá comparando o musical a um filme da Xuxa. Considerou a montagem eficiente como entretenimento. Nada contra a diversão pura, mas também nada mais do que isso. (GF)
Folha de S.Paulo !
Musicais ganham espaço nos palcos paulistanos
Por Dirceu Alves Jr. 10/11/2010.
A partir de quinta (11), o palco do Teatro Abril, transformado outras vezes em castelos, campos de batalha e em um grande depósito de lixo, será uma paradisíaca ilha grega. Nesse cenário à beira-mar, ensolarado e com tipos trajando roupas leves e despojadas, é ambientado o musical ‘Mamma Mia!’. Criado por Catherine Johnson com base em 23 canções de Benny Andersson e Björn Ulvaeus popularizadas pela banda sueca Abba, o espetáculo lançado em Londres em 1999 faz sucesso por onde passa com sua leveza e alto-astral. Já foi traduzido para catorze idiomas, aplaudido por 42 milhões de pessoas em trinta países e, em 2008, chegou aos cinemas em uma adaptação tendo a atriz Meryl Streep à frente do elenco. Com previsão de permanecer em cartaz pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2011, a montagem brasileira reúne 32 atores e é liderada por dois dos principais nomes do teatro musical do país: a atriz Kiara Sasso, de 31 anos, que acumula dezesseis espetáculos no currículo, entre eles ‘A Bela e a Fera’ (2002) e ‘A Noviça Rebelde’ (2008), e o ator Saulo Vasconcelos, de 36 anos, lançado em ‘Les Misérables’ (2001) e consagrado como o protagonista de ‘O Fantasma da Ópera’ (2005).
Para Saulo, que enfrentava duas horas de maquiagem para interpretar o sujeito deformado do espetáculo de Andrew Lloyd Webber ou padecia de calor com o figurino de ‘Cats’, o personagem Sam, de ‘Mamma Mia!’, é um refresco. “Poderia chegar até trinta minutos antes da sessão para vestir a bermuda, a camiseta e calçar os chinelos, mas combinamos com a equipe que estaremos aqui com uma hora de antecedência”, brinca ele, intérprete de um dos três possíveis pais de Sophie, papel da atriz Pati Amoroso. Kiara Sasso penou com o vestido de 20 quilos usado em A ‘Bela e a Fera’, mas agora passa a maior parte do tempo de macacão jeans, sapato baixo e cara limpa, bem ao estilo riponga de Donna Sheridan. “A exigência aqui é outra”, diz ela, referindo-se ao rigor nos números musicais. Sem efeitos especiais mirabolantes nem cenários grandiosos, o encanto vem mesmo de 23 canções como ‘Dancing Queen’, ‘The Winner Takes It All’, ‘Money, Money, Money’ e, claro, ‘Mamma Mia!’, vertidas por Claudio Botelho para o português.
Para Saulo, que enfrentava duas horas de maquiagem para interpretar o sujeito deformado do espetáculo de Andrew Lloyd Webber ou padecia de calor com o figurino de ‘Cats’, o personagem Sam, de ‘Mamma Mia!’, é um refresco. “Poderia chegar até trinta minutos antes da sessão para vestir a bermuda, a camiseta e calçar os chinelos, mas combinamos com a equipe que estaremos aqui com uma hora de antecedência”, brinca ele, intérprete de um dos três possíveis pais de Sophie, papel da atriz Pati Amoroso. Kiara Sasso penou com o vestido de 20 quilos usado em A ‘Bela e a Fera’, mas agora passa a maior parte do tempo de macacão jeans, sapato baixo e cara limpa, bem ao estilo riponga de Donna Sheridan. “A exigência aqui é outra”, diz ela, referindo-se ao rigor nos números musicais. Sem efeitos especiais mirabolantes nem cenários grandiosos, o encanto vem mesmo de 23 canções como ‘Dancing Queen’, ‘The Winner Takes It All’, ‘Money, Money, Money’ e, claro, ‘Mamma Mia!’, vertidas por Claudio Botelho para o português.
Como a música é a alma do negócio, ter gogó afinado, dança no pé e atuar com desenvoltura torna-se fundamental na luta por um lugar no palco. Para chegar aos 32 nomes finais, 3 000 currículos foram avaliados e 2 000 candidatos, a maioria com experiência prévia e muitos titulados fora do país, passaram por audições em setembro. Sim, o espetáculo ganhou forma em dois meses, como é regra na Broadway. Enquanto se definiam os últimos integrantes do elenco, os músicos se familiarizavam com as partituras, a luz era afinada e os figurinos, confeccionados. Os ensaios diários duraram uma média de dez horas, com uma folga semanal avisada na véspera. “Até uma década atrás, as pessoas reclamavam dos horários e do rigor exigido, mas hoje quem entra em um musical desse porte sabe que a coisa precisa ser assim ou não vai segurar a onda de uma temporada”, afirma o diretor e coreógrafo residente de ‘Mamma Mia!’, Floriano Nogueira, que integrou as equipes de ‘Miss Saigon’, ‘A Bela e a Fera’ e ‘Cats’. “Essa consciência faz com que encontremos nas audições candidatos muito mais bem preparados e sérios que no passado.”
Em novembro de 2000, em um galpão do bairro da Bela Vista, o produtor e diretor Billy Bond penou para recrutar o cast de ‘Les Misérables’, musical que inaugurou o Teatro Abril, cinco meses depois, e deu início a esse ciclo. Raros eram os casos como o das atrizes Sara Sarres, Ester Elias e Alessandra Maestrini, que desde a adolescência estudavam teatro, canto lírico e dança. Até então, ouviam-se cantores de bares noturnos e estudantes universitários com formação erudita. “A gente pegava o candidato que mais se aproximava do personagem e, depois, durante os ensaios, lapidava a interpretação”, lembra Bond, que chamou para os testes de ‘Les Misérables’ atores que haviam participado de ‘Rent’ e ‘O Beijo da Mulher Aranha’, seus espetáculos anteriores, além de alguns que haviam sido reprovados, caso de Saulo Vasconcelos.
Com o sucesso dessas produções, uma nova geração se educou e se empenhou para ingressar no gênero. As famílias enxergam como um investimento pagar aulas de canto e dança. Incentivam, inclusive, os filhos e netos a viajar para Nova York ou Londres e assistir às versões originais lá fora. “Foi minha avó que, durante um almoço, sugeriu que eu desistisse de ser médica para me dedicar plenamente ao palco”, conta Pati Amoroso, de 20 anos, que, depois de fazer no primeiro semestre ‘Bark! Um Latido Musical’, promete despontar em ‘Mamma Mia!’. A internet também aumentou o alcance para pesquisas e, com os vídeos encontrados no YouTube, os interessados podem estudar em cima das performances de astros e estrelas internacionais. “Ao contrário da televisão, onde há diversas outras questões que norteiam as contratações, nos musicais o fundamental é estar preparado e há chance para novatos o tempo todo”, afirma Claudio Botelho, que, ao lado de Charles Möeller, dirigiu 'O Despertar da Primavera' e ‘Hair’, recém lançado no Rio de Janeiro, com elenco dominado por atores com menos de 25 anos. “É um mercado muito competitivo, mas generoso, pois ninguém precisa ser famoso para ser um protagonista”, completa Botelho.
Novidade para público e artistas
Se parecia uma tarefa árdua recrutar gente para subir ao palco durante a pré-produção de ‘Les Misérables’, a certeza de lotar a plateia com “uma cópia dos espetáculos lá de fora” também passava longe. O produtor e diretor Billy Bond lembra que, três semanas antes da estreia no Teatro Abril, em 2001, apenas setenta ingressos estavam vendidos, e as filas ganharam forma na Avenida Brigadeiro Luís Antônio somente às vésperas do início da temporada. Com o alívio da casa cheia e a disputa cada vez maior pelas entradas, veio uma decepção: a frieza dos espectadores. Pouco familiarizado com o gênero, o público aplaudia somente no fim da apresentação. Com o passar das semanas, os próprios atores começaram a puxar as palmas da coxia entre um número e outro, mostrando que não era feia a manifestação em cena aberta.
Novidade para público e artistas
Se parecia uma tarefa árdua recrutar gente para subir ao palco durante a pré-produção de ‘Les Misérables’, a certeza de lotar a plateia com “uma cópia dos espetáculos lá de fora” também passava longe. O produtor e diretor Billy Bond lembra que, três semanas antes da estreia no Teatro Abril, em 2001, apenas setenta ingressos estavam vendidos, e as filas ganharam forma na Avenida Brigadeiro Luís Antônio somente às vésperas do início da temporada. Com o alívio da casa cheia e a disputa cada vez maior pelas entradas, veio uma decepção: a frieza dos espectadores. Pouco familiarizado com o gênero, o público aplaudia somente no fim da apresentação. Com o passar das semanas, os próprios atores começaram a puxar as palmas da coxia entre um número e outro, mostrando que não era feia a manifestação em cena aberta.
Um nome que pode causar surpresa nos créditos da produção é o da atriz Rachel Ripani, de 35 anos. Conhecida pelas peças ‘Closer’ e ‘O Inimigo do Povo’, além da novela ‘Caras & Bocas’, da Rede Globo, ela interpreta a perua Tanya, a melhor amiga da protagonista Donna. “Comecei a estudar canto e dança em 1992 e, quatro anos depois, em Londres, fiz cursos de balé e música”, conta ela, que, para entrar em ‘Mamma Mia!’, abandonou na metade a temporada da comédia ‘Vamos?’, ainda em cartaz no Teatro Imprensa. “Tudo aconteceu ao mesmo tempo. Optei pelo meu grande sonho.”
Veja São Paulo
terça-feira, 2 de novembro de 2010
Mamma Mia! Brasil
Obs: estaremos com noticias super novas esta semana...nao percam!!!
Mil Beijos !
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